O período junino também é tempo de celebrar as várias manifestações folclóricas brasileiras. Cirandas, quadrilhas, bumba meu boi, cacuriá, tambor de crioula, vaneirão, dentre tantas outras, ganham espaço nesta época do ano.
Em Maceió (AL), uma dessas tradições é o Coco de Roda. A capital alagoana iniciou, nesta quarta-feira (11), o 4º Festival Municipal de Coco de Roda. O evento faz parte do calendário do São João Massayó, promovido pela prefeitura. Até o próximo domingo (15), vários grupos da Liga dos Cocos de Roda de Alagoas se apresentam no pavilhão montado no estacionamento do Mercado do 31, no bairro histórico de Jaraguá.
Em formato de concurso, o evento reúne 17 grupos da capital. Sete deles se classificam para a grande final, que acontece no próximo domingo. Nesta quinta-feira (12), sobem à arena os grupos Pisa Miudinho, Xique Xique, Raízes Nordestina e Evolução. As apresentações começam sempre a partir das 18h.
O presidente da Liga dos Grupos de Coco de Roda de Alagoas, Genivaldo Júnior, vê o festival como uma vitrine para que o alagoano e os turistas possam conhecer mais essa manifestação cultural:
“Este ano, com a oportunidade de ter um espaço gigantesco, onde a gente pode, realmente, mostrar o nosso potencial, o nosso trabalho, os cocos vêm muito forte este ano. Quem ainda não teve a oportunidade de conhecer a cultura do coco de roda, eu acho que este ano vai ser um espelho gigantesco para conhecer o mundo que é e o quão gigante é essa cultura aqui no nosso estado”.
Coco de Roda tem profundas raízes em Alagoas
O Coco de Roda, expressão cultural que combina música, dança e poesia, tem profundas raízes em Alagoas, refletindo a tradição de diversas comunidades. Com origens ligadas às culturas afro-indígenas e à história da resistência cultural, o Coco é símbolo de identidade e celebração.
Em Alagoas, um mapeamento realizado pelo Coletivo Jaraguá identificou 71 grupos e mestres de Coco, dos quais 53 seguem em atividade.
