O pianista Ariel Lima conhece o Festival Internacional de Música do Pará desde pequeno. Estava nas plateias durante a infância, foi aluno do conservatório e agora vai ocupar o palco como músico.
“Esse festival internacional é um festival tradicional em Belém, já vem acontecendo há vários anos. Eu mesmo participei como criança, adolescente, no lugar de aluno, de plateia, de ir para os concertos e tudo. E agora, estou tendo essa oportunidade de vir do outro lado como artista.”
Para que essa arte permaneça com a capacidade singular de envolver os ouvintes, é necessário que músicos, compositores, intérpretes, estudantes e o público em geral, especialmente os jovens, tenham um espaço para o intercâmbio de suas impressões e conhecimento acerca da prática musical. O diretor técnico da Fundação Carlos Gomes (FCG) e diretor artístico do festival, Joel Costa, comenta:
“É sempre importante frisar que o festival tem duas frentes bem definidas. Uma é a parte artística, que é composta pelos concertos, e a outra é a parte pedagógica, mais acadêmica, que é voltada para as aulas e masterclasses, as palestras, direcionada tanto para alunos de nível iniciante, intermediário como de nível superior, porque a fundação mantém o curso de bacharelado em Música.”
É aí que entra o 37º Festival Internacional de Música do Pará (Fimupa), que já começou e vai até o dia 5 de junho em Belém. O evento, que tem promoção do governo do Estado por meio da Fundação Carlos Gomes, terá 17 concertos em locais variados da capital paraense. Como uma atração à parte, será realizado o II Encontro de Flautas Doces e o Encontro de Violões do Instituto Estadual Carlos Gomes, além da parte pedagógica, como destaca o pianista Ariel Lima.
“Esse festival tem o objetivo de trazer em várias salas de concertos para a cidade, com uma grande programação de artistas de fora que estão vindo trazer a sua arte também, em comunhão com os artistas de Belém, todos fazendo música juntos. E nesse sentido, trazer algum tipo de conhecimento também para os alunos das escolas de música, tanto do conservatório, como das outras escolas de música da cidade, da UFPA, da Fundação Amazônica de Música, alunos particulares. As pessoas têm direito de ter masterclasses, ter aula com os artistas que estão vindo visitar a cidade, fazer seus concertos e também dar aula, dividir um pouco o que eles têm com os alunos da cidade.”
Esta edição do Fimupa traz como tema IECG – 130 anos de Educação Musical na Amazônia. Entre as atrações do festival estão a Orquestra Sinfônica Carlos Gomes, o grupo de violões Quaternaglia (SP), o grupo Flauta de Bloco (PE), a Camerata Acadêmica do IECG, o grupo Flautarium (RS), a Orquestra de Flautas Stuttgarter UNBLOCKED Flötenorcherter (Alemanha), a Banda Sinfônica do Marajó e a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz.
